Reage batman!


Ela corta a carne, rasga meu verbo...destrói meu "predicado"

A cada suspiro que dou, nenhum alívio me conforta.
Apunhala sem piedade, é ruím... Pura maldade!

Atravessa os sentidos todos, tem ótima memória: Não esquece nenhum. Avassala todos.
Invade peitos, arrebenta esperanças...dói, dói... e dói!

O sangue jorra em jatos pelas veias do "sentir"
Os olhos perdem o brilho "vivo" e ganham um fundo opaco.
- Tem como disfarçar?

Embebeda a gana e esta, cai...E não quer erguer-se mais.
Dispara balas de gelo bem no meio dos sorrisos... Que se abrem, feridos...quase mortos.
Intimida a distração... Não admite "esquecimento"...Se faz presente, a gente sente.
Parece não mais ter fim, essa dor.
Maldita es sobre meus planos, visita (non grata), dentro de mim. Dor, tormento inevitável.
Dor, desassossego, infortúnio.
Dor, que faz de mim um animal no abatedouro...Dilacera-me, maldita!- mata-me...faça jus a sua existência.
Aproveita tua estadia, permaneça longa e fria... Cala a minha alegria!
Aperte em mim, as amarras cruas de couro molhado...em carne viva me deixa. Afaga meu desespero...judia dessa criatura... Que importa a dor?
-Não sei mesmo sair da "metade" do poço em que me jogas...quero bater no fundo, feito um saco de lixo, pois é de lá, do fundo, do fundo, que sei emergir!

Não há de prolongar-se, esse teu romance comigo...escalo as paredes do poço com as unhas...subo, e...logo, está tudo acabado entre nós!
Emergir do lago fétido e ordinário... Atravessar o mar de bosta, é coisa em que tenho prática!
A vida me educou muito cedo, tu fostes minha "mestra"... Sabe que vou reagir e sabe como, e sabe quando. Não é, dona dor? - Paasei ha tempos no vestibular dos aflitos, não será agora, a hora em que me reprovas nem a vez em que acabas comigo.
Aproveite sua estadia!

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