Poço sem fundo

Penso estar num buraco, reclamo.
Eu e meu mundo, perdidos. Não me acho.
Por mais que me sinta no "fundo" do abismo...
Me dá vertígem, olhar para baixo!

O fundo do fundo, é profundo demais.
Despenco, mas não me rendo. Me canso, não me entrego.
Na cavidade das unhas,trago eu hoje,em paz...
Pedaços em sangue das paredes de ferro!

Me agarro nas bordas desse "poço" vazio
Que de cheio, [só tem ele], angústia e meu medo.
Ei de emergir desse lago vadio...
Feito um monstro ofendido que de "força" é refeito!


Me vingo "sorrindo" das dores choradas
E presenteio á quem amo com minhas gargalhadas!

Me vingo cantando, das melodias caladas...
Presenteio á quem amo, com poesias cantadas!

Me calo eu, mas minha vontade, ah...essa nunca há de ser muda!
Ei-la, gritando aqui em mim: Vida, vida..vida curta!
Curta a vida, ou ela te encurta.

Nenhum comentário: