Pô mãe!

Apanho da vida, ( mãe) rigorosa que me castiga, como se fosse eu, o "bicho" indomável e mal criado.
Levo troco de tapas que não dei.
Ouço respostas sobre coisas que não questionei.
Acusam- me de haver dito o que não falei.
Assombram-me, de túmulos que jamais violei.

Arrancam-me as vestes da dignidade, já tão surrada e gasta de "insistir" em ser.
Envergonha-me para que eu me lamente.

Todas as dores me acompanham.
Toda vergonha me espia.
Toda lágrima me banha
Com unção de mágoa fria!

A dor, é para que eu saiba chorar?
O choro, é para que eu aprenda a sofrer?
Me dá de "medo", para que eu tenha coragem?
Derrotas, para que eu aprenda a vencer?

Vida...desnaturada mãe.

Me joga ao escuro, para que eu seja luz?
Me larga no mundo, para que eu ache chão?
Me bate, me sangra...É assim que conduz?
Se tudo é ruím, como sei o "bom"?

De castigo, de costas pro mundo.
No abandono, sem dono...Sou cão!
Ladro, ladro...e, o que é que eu mordo?
O medo, o cansaço...a desolação!

Mãe...desnaturada vida!
Vida...despercebida "louca"
Mãe...castiga. A vida, calcifica.
Vida...sem ser doída, é oca!

Um comentário:

Malu disse...

Todo tunda até hj dessa mãe desnaturada e olha que eu parei de aprontar faz tempo...

IT'S PERFECT!
CLAP, CLAP, CLAP!

Bjins, loka!