Não queira mudar o outro.


Aceita-se tudo e qualquer "condição" em nome de algo que, por alguma razão nos faz bem. No começo, os defeitos são ignorados...as qualidades são dígnas.
Não existe o meio termo:- Ou é, ou não é.
...E tudo parece tão claro, tão perfeito...tão exato, que não pensamos em sacrifícios. Acreditamos no que foi combinado e esquecemos que "páctos" não vingam quando mentiras começam a tomar os espaços muitas vezes, sem que tenha havido a necessidade real da mentira. Aliás, mentiras são totalmente desnecessárias, sempre.Ora, se conhecestes alguém assim e assado, e se o (a) aceitou como era, por que pensas que o outro tem a obrigação de mudar e agradá-lo?
-Por acaso não viu como era antes, Não gostou assim mesmo?-Então por que pode exigir que o outro mude agora?- Por que mente em nome do amor? Por que sempre esquecem os páctos, as juras...as promessas?
-Será o coração algum partido político? Candidato à quê?
O amor é um sentimento verdadeiro; nasce da verdade de cada um. Regá-lo com mentiras, pode segurá-lo por algum tempo, mas lógo caem as pétalas, perdem o perfume e a beleza...murcha, seca e morre!
Querer mudar o outro, é como moldar a água. Querer prender o outro com mentiras é tolice e derrota vergonhosa!
Rosana Lazzar

Solidão do meu quarto

Na solidão do meu quarto
Um discreto silêncio sussurra
A me berrar aos ouvidos
Coisas que a incerteza empurra!
Enquanto
Vem os "porquês" indiscretos
No meu centro, a perturbar
Querendo os convíctos,( concretos)...
Mas a ordem é silenciar!
Há dias em que durmo só
No outro, acordo sozinha.
Quando o pensamento é nó...
O resto, é laço e fitinha!
Do laço, desfaço o nozinho...
Da fita, adorno os cabelos.
Antes prender-me ao silêncio
Que soltar-me de um pesadelo!
Rosana

Mãos


Dispensa apresentações
Sua vida toda, lamenta.
Por dentro, coração, sentidos, pulmões...
Por fora, é só uma ferramenta!
Sol quente, frio chuva..
Não tem tempo, nem fronteira.
Não sabe do vinho, a uva...
Não soube da "eira" a "beira"!
Quem sabe, sobreviva
Esperança, talvez tenha...
Feito os calos em carne viva...
Que marcam suas mãos pequenas!
Enquanto sangra um "pão"
Come um "resto" qualquer, jogado.
Alguns não comem assim
Porque só gostam "assado"!
Rosana

Não sou máquina!


Pode ser que eu me arrependa de algum dia, não ter ido.
Se adormeci antes do nascer do sol, foi porque minha natureza humana exigiu.
Se demorei pra ver o mar, foi porque morava longe.
Se caminhei e deixei a arquitetura contemporânea, moderna, barroca e cinza de São Paulo passar por mim, foi porque a pressa não me deixou olhar em volta e admirar...
Se dormi tarde, demorei mais para sonhar...(não tinha sono), preferi pensar.
Amei o que tinha que amar, na hora em que o amor disse:- Heis-me!
Chorei, porque precisei chorar, quando a tristeza disse: Derrama-me!
Sorri...quando a alegria me deu motivo.
Briguei, porque achei que estava certa. E muitas vezes, eu estava.
Pedi desculpas a tudo e ao público, quando estive equivocada...e muitas vezes, nem estava.
Senti dor...gritei! -E, quanta dor já abafei?
E, quanto riso (doído) já distribui por aí, fingindo que era "seiva" a lágrima, engoli?
Quantas vezes saí, querendo ficar...
E quantas eu fiquei, querendo sair.
Tanto "sim" eu disse e era "não".
Não sei quantos nãos eu disse e eram "sim".
Quanto conselho ouvi e não escutei...entrou por aqui, saiu por ali.
Quebrei por isso, a cara, quantas vezes mereci.
Paguei preços altos demais, por coisas que nada valiam . Nem por isso, aprendi a comprar.
Erro mesmo! Me decepciono...um dia , aprendo.
Sou humana. Não sou máquina!
Rosana Lazzar

Rico...pobre!

Geladeira de rico tem:

Camarão, lagosta...queijo branco.
Vinho importado,iogurte...fatiados!
Sobremesas das mais variadas...
"regime"...eles não comem nada!

A do pobre tá sempre vazia.
Água, gelo...e os que não "azedam"..
A barriga é que é "alcalina"
Mas"pilhas", é pra ver se recarregam!

A do rico, ( o regime da filha)
Quém se atreve a alegrar a lombriga?
Enquanto o pobre comeria a "pilha"...
Para recarregar a barriga!

A carne do pobre é o ovo...
Que se dane o colesterol.
Se o pão tá véio, ou tá novo...
Nóis manda botar no "formol"!

O que importa é encher a pança
E dar de comê pros meninu...
Festa de rico, é minguança...
Jantar de pobre, é divino!

Rico em festa, nem come...
Só bebe e esbanja curtura.
Pobre em festa se assume.
Quando começa, ninguém segura!

Mas nois respeita os do "luxo"
E em casa de rico, vê co zói, lambe cá testa...
Mas antes de ir, nóis enche o bucho...
Senão nóis desmaia na festa!

Rosana Lazzar

Cor da mutação

Cor da "mutação" dizem que o roxo o é.
Por isso ando "lilás", no mais..da cabeça aos pés!

Mutante e medrosa, Sou de tudo.
Mudo, mas tenho medo...
Morro de medo, mas mudo.

Heis que mudanças, me chamam.
Percebo-as, porém tenho medo...
Heis que esses dias não passam...
Heis que os conto nos dedos!

Rosana

Tudo é bis!

O espelho
reflete
Figura...
Me vejo
Recuo
penúria!

Meu
Rosto
Não é
mais
o mesmo...
Ignoro
Sorrio
A esmo.

Quem és...
Quem sou...
Quem seria?

Não importa
Sou póstuma
Sem ser fria!
Casca
Sangue
Cicatriz...

Tudo passa...
Tudo inflama...
Tudo é bis!

Rosana Lazzar

Meu amor morreu magoado.

Meu sonho andava meio (sonolento)...o que era lindo, virou tormento.

A voz, já mais nada, dizia.
O toque, a mim, não tocava.
Uma carícia já não me conduzia.
O beijo já não me emocionava.

Fazer amor, nem queria.
Quando fazia, não gostava...
E era só porque ele insistia.
E isso, ao final, me matava!

Por que estava ali ainda
Se nada do amor se salvou?
Tem mágoa que vira ferida...
E esta, não cicatrizou!

Raiva passa, mas mágoa...

Então me vejo tão solta
tão leve de sentimentos
Não trago culpa nenhuma...
Nunca e em nenhum momento!

Mataram um amor tão bonito
Por egoismo e dura covardia...
Verás adiante quem sou
E a quem mataste, um dia!

Rosana

Tô com sono

Me viro na cama, dou voltas.
Puxo o lençól..cadê o sono?
Penso, planejo...relembro.
Dormir, é o que me proponho!

Mas algo em mim não descansa.
Tem uma poeira no ar...
Inquietude sem causa?
Tô precisando "nanar"!

Nem sei o que me atormenta
Coisas do dia- a- dia...
Cansaço: Ando meio lenta...
Mas era dormir, que eu queria!

Rosana...Ai, que sono! Mas não durmo...xiiiii!!

Janela de quê?

Olhos...janelas da alma?
Coração... janela de quê?
Inquietude desconhece calma
Coisas que a alma não vê!

Se os olhos são as janelas
Coração então, é a porta.
Por onde entram intrusos
Que nos deixam meio mortas.

E quem não nasceu pra essa "morte"
Não pode falar em "viver"
Desconhece a zica e a sorte...
sem ganhar... e sem perder!

Rosana...somente.

Mata minha sede


Você é lago, água clara...
O orvalho, no firmamento...
Sou quem mergulha até o fundo...
Para emergir do teu centro!

E submersa me vejo
Em teu íntimo, transparecer...
E roubo de leve, um beijo...
De quem mergulha em meu ser!

Teu lago, meu chão abraça
Tua fonte me faz crescer
Você é fundo, eu sou rasa...
Por isso, transbordo "você"!

Alaga meu mundo, alaga.
Me inunda e deixa correr.
Em águas mansas ou pesadas..
Só quero te absorver!


Rosana lazzar 23 deagosto de 2008









Só quero te absorver!
Saber, eu sei...é que ás vezes não entendo.

O que é o país das dores e porque o é.

"Brasil" - Como pode doer tanto?

Grades



Que grades me prendem no vício?
Em que "trompa" gerei você?
Por que não esqueço o ofício
De tentar e não poder te esquecer?
Que útero e que mãe era essa,
Que geraram em (mim) você?
Quando foi que a ti, dei a luz?
E, Como o fiz, sem perceber?
Assim que o vi, disse:-É meu!
Hoje, sempre, até morrer...
Se roguei praga, pegou.
Te amo e não entendo porque.
Tentei te matar (em feto)
Lutei, pra você não nascer.
Te abortar não foi possível...
Tentei não deixar crescer.
Mas contra este , quem briga...
Briga esperando perder.
Lutar contra o amor, é tormento.
Desconheço quem pôde vencer!
Há séculos não te vejo.
Me percebo equivocada.
Finjo que não te lembro,
Mas te esquecer que é bom...que nada!
A vida passa, passo eu.
O mundo envelhece e eu passo...
A grade com a qual me prendeu,
Foi feita de amor e de aço!
Rosna Lazzar ( tem amores que parecem sardas: Não quer sair, fica aí. Eu é que não arranco minha pele)


Quando você não está
Me parecem cinzas os dias.
O sol se nega a brilhar...
O riso me nega alegria.

As ondas não fazem barulho
Parecem querer descansar
Vejo a espuma nas pedras
Sozinhas, parecem bailar...
Isoladamente, dançam...
Um balé de arrepiar...
Porque não há vida na vida...
Quando você não está!
Sei lá, se é pretencioso
Querer em mim, te exaltar.
Meu mundo é silencioso...
Quando você não está.
Que falta faz tua presença
Que desalinho me dá...
Os dias se fazem cinzentos
Quando você não está.
Volta no mar, num rebento...
De ondas, de cores, vêm cá!
Sem você, meu [oxigênio]...
Vida, na vida não há!
Que onda abateu nosso mundo?
Pra onde levou meu amor?
Te busco em (cada) e em tudo...
Não passas no meu corredor.
Vêm, pois...que te espero eu ainda.
Vêm, que te quero encontrar.
Não deixe meu mundo tão "cinza"
Que é cinza, porque não estás!
Rosana

carro véio!

Lá pra mir novecentos e setenta
Apareceu um fuska em casa
O bicho era todo pomposo...
Só fartava batê asa...

Era uma lambeção em vorta daquele carro
Num andava nem na lama...tinha inté para- raio!
Meu irmão, cheio de frescura:- Cuidado cá pintura!
Num bota as mão suja no vrido...Num quero arranhadura!

Virô xodó lá de casa
Todo mundo queria andá...
Óia o ronco do bicho...nem precisa acelerá!

Mas o tempo foi passando
E o bichim foi decaindo
O ronco foi engrossando...
A potência foi sumindo!

Aquele carro e meu irmão
parecia inté pirraça...
Os dois é que era irmão...
Ficaram fiofó e carça!

De carrão, ele virou jegue...
Um armazém ambulante.
Ovo, fruta, verdura...
cera, cloro...amaciante!

Um dia empacou na rua
bem no meio da marginal...
Os otros passava e gritava:
-Isso é um carro, ou um animal?

Joga essa merda fora
Já deu o que tinha que dá...
Compra uma bicicreta nova
E sai do meio pra nóis passá!

meu irmão entristecido
Deu razão pra multidão:
-É, meu amigo sofrido...
Com você não dá mais não!

saltou e entrou numa agença
E escolheu novo modelo...
O fusca lá fora chorou,
Embaçando o vidro do espelho.

-Não me deixa-disse o coitado...
Não se desfaça de mim.
Se num sirvo mais como carro...
Me usa como xaxim!

Carreguei sua mãe, namorada e esposa...
Seus filhos, desde o hospital...
Te sustentei no desemprego...
Comigo cê foi...bem ou mal!

Diz meu irmão que escutou
O "fiofó" dele falar...
Com tantas que já vi nessa vida...
Eu que num vô duvidá!

Encrementaram o bichinho.
Não vende, num troca, nem dá.
Mei irmão já foi...já passou.
E o fuska inda tá lá!

(essa história não é verdadeira)...é só história.

Rosana Lazar..."Tava sem sono"


Ce entendeu? Nem eu...

Hoje eu perguntei pra mim
Mim não quis me responder
Por que eu tô confusa assim?
E mim falou: E eu que sei?

Mim não sabe nada de eu
Eu sei apenas um pouco de mim
Eu não sei o que é que dá em mim
E não sei que bicho (mim) mordeu.

Só sei que eu não sei muito de mim
E mim também não sabe quem sou eu
Depois de tanto matutar no assunto
Acabei de mim, eu entender
Descobri que entre mim e eu
Nós num tem é memo nada a ver!

Joelhos...

Joelhos que se dobram em prece.
Joelhos que se dobram em tombos
Joelhos que se curvam, leves...
joelhos que estremecem, tontos.

Ergo-os, é final de prece.
Heis que já secou meu pranto.
No chão, o par quiçá padece...
No céu, o par, quem sabe é santo!


Rosana

Quero tudo inteiro.

Eu sou:

Imperfeita, confesso.
mal interpretada, admito.
Intolerante, as vezes...
transparente; não omito!

Sou concreto, sou cimento...
Sou terra molhada, alimento.
Sou beirada de rio, uma márgem...
Sou real...sou miragem!

Quem me vê, também me sente.
Só quem beija, sabe a boca.
Sou negra; transparente...
Sóbria, lúcida...sou louca!

Sou espírito, matéria.
Sou o que sou, não o que queiras.
Sou da márgem de um rio, a borda...
da descida, sou ladeira!

Sou pequena em estatura
Sou raíz, eu sou madeira.
Minúscula criatura...
Pequena, porém, inteira!

Portanto não me ofereça
A metade de um "qualquer"
Se desdém quer dar, dá-me inteiro...
Pois não sou( meia mulher) !

Rosana Lazzar 21 de agosto de 2008

Eu heim!!!

Quanto tempo de sonho?
Quanto tempo de sonho perdido?
Quanto tempo de?
Quanto tempo?
Quanto?

Quanto tempo de quê?

Quanto tempo para me curar?
Quanto tempo para outro chegar?
Quanto tempo pra esperar?
Quanto tempo?
Quanto?

Isso é resumo de mim?
Sou eu um personagem?
Sou personagem de mim?
Será que (por quês) tem fim?

Sei lá....

É preciso saber viver...

Da soberba, vejo mutantes .
Metamorfoses perambulantes.
Opinião própria não é adesão...
Sabedoria é berço, ou opção?

Da prepotência, vejo amargura
Um complexo de inferioridade.
Que desfiguram a criatura
que se crê "criador", desconhece humildade!

À márgem de um rio seco
Vão-se os esnobes e desprovidos
Caminham perdidos, em becos.
Caminham a esmo...perdidos!

Desconfiam da própria desconfiança
Não dormem, não vivem direito.
Querem o que não podem, ostentam o que não têm.
Dormiriam melhor, redimidos...
Humildade não faz mal a ninguém!

pensam conquistas no "grito"
Só sabem mandar, nutrem desdém.
São infelizes, repito:
compram...e nunca tem!

Compram amigos, amores...
Compram inimigos... e dores!
Caráteres, camuflados...
Em guerras particulares...coitados!

O prepotente é incapáz...
É vulgar, não se eleva.
É ser Dígno de pena...
Não se destaca, só se intreva!

Rosana Lazzar 10 de agosto de 2008

Acende, apaga!

A lembrança acendeu a luz
Tudo de você voltou em mim
E o calor que teu sabor traduz
Me obrigou a te sentir assim...
Perto de mim.

Teu sorriso intruso, me apareceu
Tua voz calou palavras minhas
Tuas mãos eu sinto e o abraço teu...
Agarrando o corpo e tudo o mais que eu tinha...
Dentro de mim.

Eu me vi transpor o muro do irreal
e atravessei essa tão tênue linha...
Me veio na boca teu suor e o sal...
Que adoçava o mel que sua língua tinha!
No fundo de mim.

E de repente, a lembraça apagou a luz...
Teu sorriso intruso desapareceu
Teu calor, o teu sabor já não traduz
Só a realidade entre você e eu...

Saudade, enfim...toda pra mim...no escuro de mim!

Rosana Lazzar 10 de agosto de 2008

Viva teu sonho


Existem várias formas de enxergar os fatos, assim como ver as cores nos sonhos.
Tem quem sonhe preto e branco...eu sonho colorido. E assim como existem várias interpretações para os sonhos de cada um, existe também a mesma variedade em interpretar (fatos). Entre o real e o sonho, cada um tem sua versão.
Tem sonho, que a gente não quer acordar e sair dele para a realidade. E outros, a gente não vê a hora de acordar. Ora preferimos a realidade, ora...os sonhos. Ora, sonhamos acordados...ora acordamos sem haver sonhado, ou sem poder lembrar o que sonhou.
Algumas coisas na vida, a gente quer lembrar e não consegue...outras, fazemos de tudo para esquecer.Um dia, sonhamos a "vida"...no outro, dormimos o "sonho".
Tem coisas que nos apresentam tão (reais) nos sonhos, que ficamos dias a lembrá-lo. E tem coisas que se apresentam na vida, tão absurdas...que preferíamos estar sonhando. E pensamos: "Não pode ser verdade"...não acredito que isto esteja acontecendo. Mas as coisas acontecem e não podemos fugir dos (fatos). O importante, é deixar (na vida), que os sonhos adormecidos acordem...sempre!
Viva teu sonho!
Sonhe tua vida!
Rosana Lazzar 10 de agosto de 2008

Coitadinha da bichinha...

O sapo foi falar pro boi que a vaca tava indo pro brejo.

A rã vinha vindo aos pulos
com pressa, sem muito cuidado.
Tinha festa na lagoa...
O sapo estava atrasado!

Saltando de poça em poça
vinha a rã no "encolhe e espicha"
Coça aqui pra mim, minhas costas...
Le pedia a lagartixa!

Ah, deixa de ser folgada...
Lhe responde a rã, apressada.
Não vou aliviar seu fardo.
Acabei de fazê a unha,
Não coço coisa nenhuma...
"Rala no arame farpado"!

Deixa estar, sua ignorante...
Que eu me viro num instante
Me jogo no pé de urtiga.

Mas tomara que na festa
Não comas nada que presta
E te dê dor de barriga!

Não tenho medo de praga
Nem da peste que propagas
Como se eu fosse "tremer"...

Você é uma coisa Tosca
só presta pra comer mosca
E anda pelas paredes, só pra aparecer!

Então, uns pulinhos depois
a rã despencou no (dois)
e fraturou a perninha...

Pergunto eu, ao leitor
Preocupação do (autor)
Se a perna dela quebrou,
Como é que a rã caminha?

Óia, a maliça! kkkkkkkkkk!!

Rosana Lazzar 09 de agosto de 2008

Sem a loucura do amor ninguém passa.

De tanto passar a borracha nas bordas dos erros cometidos, acabei apagando lições
que jamais deveria ter esquecido. Por isso, caí de novo no conto do mesmo vigário.
Entreguei meu amor doído, e de novo fui ao calvário!

...E dá-lhe nas costas, chibatadas!
E dá-lhe dor, que nada dói...
E cega esta criatura apaixonada...
Para que sangre do amor, o que corrói!

E beba da dor, salgada...
De prantos que não tem fim.
Meu Deus, quando vou aprender
A gostar de quem "morra" por mim?

E tome mais tarde, descrença...
De sentimento singelo
Desconfia até do que pensa...
Não caia nessa de "eterno"

E seja por fim, cansada...
De amargar no amor, seus desencantos.
Mas enquanto choras (este), tão magoada...
Outro " astuto" vem secar-lhe o pranto!

Dor de amor com outro amor, se cura.
Dor de dor? Talvez com com dipirona
Passar pelo universo sem "loucura"?
Então, não botariam fogo em Roma!

Rosana Lazzar...08/08/2008

Mulher Ferida


Todo mundo sempre vive um tormento.
Seja psicológico, material, ou de puro sentimento.
Todo mundo um dia, entristece...
Em meio a (meia) alegria
Do sorriso a lágrima desce.
Não há quem já não tenha chorado
Por se encontrar abandonado
em meio á desilusão...
O meio se torna "inteiro"
O ouvidor, um travesseiro...
E o (sonhar), ostentação!
As vezes, crer...é luxo!
E duvidar, concepção.
Quando as paredes se estreitam
alargam - se as forças contidas...
E ; do nada surgem imunes
Nossas grandezas falidas!
E fortes, nos descobrimos
quando pensavamos "perder".
uma mulher ferida
quando reage, na vida...
Sem dúvida, é pra vencer!
Rosana Lazzar 08/08/2008 data "cabalística" Atôa, é que não pode ser!

Abstrato

O abstrato nada mais é, que uma série de sentimentos misturados, escoados de um único sentimento.
São coisas imensas que "filtramos" no coador da alma. O abstrato nada mais é, que uma imagem em código de sentimentos em partículas. São raízes da mesma árvore.

Festa de pobre!

Em festa de família
Sempre tem de tudo, um pouco.
Tanto pobre reunido...
Deixa qualquer santo louco!

Antes de cortar o bolo
Cadê que ainda tem cereja?
Tem um filho do vizinho
Comendo em baixo da mesa!

A fumaça corre longe
Do churrasco da festinha
Em festa de pobre até monge
Come carne com farinha!

O som sempre é muito alto
E olha que o som é lá fora...
Festa de pobre perdura...
Pra acabar , nunca tem hora!

A Creide vem com um pratinho
E ela nem foi convidada.
Vou levar pro meu menino...
Hoje nem comeu nada!

Mas festa de pobre é legal
porque a fartura, libera...
Pobre não come pouquinho...
O que mais nóis detesta é miséria!

Todo mundo ri de tudo
Ri até do que não presta
O céu pode estar caindo...
Que pra pobre, tudo é festa!

Não vale a pena ser metido
Pra que dar uma de esnobe
Se não há nada mais divertido
Que uma bela festa de pobre!
Passo..repasso...erro, refaço!
Rostos, figuras, semblantes...são traços!
Molduras...
Desenhos...
filmagens...retratos!

Pessoas
caminham
a esmo
amando
chorando
seus "marcos"

Medo, entrega, dor fixa...
São partes de uma remessa
De coisas que nos cercam na vida...
De fatos que a lágrima dispersa!

Medo
dúvida
traição...
mentira
Pecado...
Perdão!

São prantos, são máguas cansadas...
São mortas, são águas passadas!

Rosana

Alma caliente!


Tengo el alma caliente como el reflejo del sol. Tengo muy largas las sonrisas, como calles que nos llevan a los montes...y talvez sean pequeñas heridas que me puendán descocer el corazón!
Si...llevo conmigo una gana de la qual nadie me puede apartar.sientome temblar en emociones que los años no van a apagar!
Soy del vivir y lo hago!
Soy de una desnudes especifica.
Soy aun que no sepas...mujer!
Y la seré por toda una vida!
Rosana Lazzar 03 de agosto de 2008

Dedos

..." Vão-se os anéis, ficam-se os dedos"!

Mas alguns, por pura vaidade, preferem os anéis.

Vou ser um tanto óbvia e preferir os dedos.

(dedos)

Dedo em riste:- Do que me acusas?
Indica a dor:- Onde te dói?
O que jura em falso...(se cruza nas costas)
Dedos calejados, sobre mãos expostas!

Dedos ofensivos (servem pra xingar)
Dedos calejados de tanto tocar
Uns montam acordes de se ouvir amando...
Outros as vezes te mandam para aquele lugar!

Dedos com argolas, demosntram aliança...
Mas nem sempre é fato que haja "união"...
Dos dedos em riste, a aliança cansa...
Aí vão-se as argolas, só os dedos não!

Dedos pra enfiar no bolo, quando ainda criança.
Dedos que ao tamborilarem mostram ansiedade
Dedos que apertam números em forte esperança...
De acertar lá do outro lado uma grande saudade!

Dedos pra tocar nos sonhos que a mão nem alcança
Dedos que enxugam lágrimas entristecidas
Dedos que ao fazerem cócegas, acorda a criança...
Dedos que apertam gatilhos e devastam vidas!

Para quê quero os anéis, se as vezes nem sei o que fazer com os dedos?

Óia a boca! Pshhhh...calada!

Depurando

O que de [não saber] não fiz ainda.
O que de me atrever, nem o gosto sei.
O que por lealdade,sempre cedo finda...
Afago em meu ser a dor do que não machuquei!

Vejo hoje sempre o mesmo, com um outro olhar...
percebo aqui dentro enfim, algo a se depurar...
Quanto tempo mais mereço do castigo tido?
Quanto tenho em saldos (dor) para poder purgar?

Quem dera fosse eu de pedra com o "amar" de gelo.
Queria era erguer muralha em volta do meu peito.
Ah, como seria lindo poder ter o zelo...
De escolher a quem amar, só para amar direito!


Rosana 02 de agosto de 2008
Eu em mim, de volta...não admito cansaço
Tão pouco aceito a derrota.

Eu em mim, soberana...mando em meus atos, prossigo...
Se digo sim ou não ligo... sou eu em mim...comigo!

Nem meu verbo, participo...
Verbalizo o "meu" em egoísmo...
Mil vezes um vazio inteiro
que metade de teu cinismo!

Eu mim, sou mais eu...
Eu em mim, sou minha cria.
Eu enfim, sou eu mesma...
a que "contigo" morria!

Eu não sou sábia, nem santa...
Mas não me dou por "vadia"
Também não me tomes por "anta"
Minha inteligência é sadia!

Eu em mim, sou comigo.
Eu comigo, sou quase pura...
O eu em mim, não te absorve.
Meu eu não mais te atura!

Faço da vida um duelo
particular e envolvente
Quando pensares: Coitada...
verás que sou resistente!

De mim, não abro mão
De você?qualquer janela...
Jamais serei teu "chavão"...
Nunca mais serei "aquela"!

Submissa, infeliz...cadela!

Rosana agosto de 2008(dia 02) 20:47h