Rompendo paredes


Ando rompendo paredes...metendo o pé na porta do passado, sem perguntar se devo.
Quebro amarras, arrebento algemas.
-Me prendes em sua vida em nome do amor? -Que amor?
O (meu) amor, desconhece o egoísmo. Então, não tem porque viver a mercê do seu. O meu amor foi incondicional, agora já não é.
O meu amor, por muito tempo foi alugado. Agora é próprio.
O meu amor viveu "suas condições"...agora, viva as minhas. O meu amor existiu, resistiu, sobreviveu as duras penas, sempre sob suas asas de aço, agora sobrevoam seus espaços de algodão...seus pedaços de "nada".
O meu amor foi verdadeiro: Nasceu, cresceu e morreu em verdade.
O meu amor..."meu amor"...foi!
Desfaço sim os nós, que apertastes com força desigual.
Desfaço sim as amarras...desmancho os laços, que só a dores enfeitavam.
Não prendes mais a minha "evolução" em sua vida. Não prendes mais o meu "não".
Você acaba de liberar o meu "basta"... e este, é eterno.
Rompo sim as paredes...elas já não me comprimem mais. E depois que elas forem ao chão, depois que o pó baixar, não importa o que verei do outro lado. Ao menos estarei livre, pois de chão e de pó, eu morri ... vivendo de amor.
Rosana Lazzar 30 de julho de 2008

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