ô mo pai!!


"A flor que você me deu
Guardei dentro de um caderno".
Ficou anos ali guardada, lembrando uma tarde qualquer. Não...não era uma tarde qualquer, era uma tarde de sonho, de olhares, de gestos. Qualquer detalhe era história. Qualquer palavra, "memória".
Sempre que abria o caderno, a tarde me vinha presente. Teu olhar era melancólico...teu beijo me vinha quente. Tuas mãos me tocavam a nuca, levando meu rosto pra frente...um beijo, um toque, um aperto...meu corpo tremia [contente].
Via em teu beijo [fúria]...com tanta suavidade...que defini-lo não posso, não faria jus a verdade.
Secou-se a flor com o tempo.
Em páginas amareladas.
Da tarde de sonho e doçura
Ficaram pétalas quebradas.
Secou a flor, não a saudade.
Ressecou o beijo, não a lembrança.
Guardo a flor na memória
Como tu guardas a criança.
Hoje [mulher] e menina
Não há flor, foi-se o caderno.
Mas o tempo [tão quebradiço]
Não quebra esse amor eterno!
A flor era o passado.
No caderno, guardei seu cheiro.
Não há tempo que "despetale"
A lembrança do amor primeiro!
Rosana 26 de julho de 2008
Por que sempre me lembro dele quando faz aniversário?
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