Apanhando do my space

Estou levando uma surra tremenda desse treco, aff!
Não ri não que o caso é sério.
Meu Deus do céu, que dificuldade!!!

Blog do MySpace | de Rosana Lazarini

Blog do MySpace de Rosana Lazarini: "Você ainda não postou. Tente, se você não gostar, poderá excluir o que postar."

Gira mundo, gira a roda!

A vida dá tantas voltas, que às vezes nos deixa tontos.

Vi humilhada uma moça por outra moça que se achava superior.

Uma moça pediu ajuda.
A outra moça, negou.

A "inferior" em desespero
Não tinha mais com quem contar.
pediu ajuda á uma amiga
E esta não quis ajudar.

Em meio a dificuldades
Chegou a pensar em morte
Até que um dia, já sem esperanças
Vem a lhe sorrir a "sorte".

A outra moça, a amiga.
Depois de meses passados
perde emprego, casa e família
E também o namorado.

Num dia desses de "acaso"
Encontram-se elas num mercado.
A "inferior", fazendo compras...
A "superior", contando uns trocados.

Ao ver a amiga sofrida
Pergunta ela, preocupada:
O que houve contigo, amiga...
Por que parece tão desanimada?

Sorrindo meio sem jeito
Lhe responde a questionada:
"Se só desânimo, fosse"
Eu estaria abençoada.

-O que posso fazer por ti
Nessa hora de agonia?
-Nada. Responde a outra...
Pois ver-te bem, já me humilha!

Aprendeu assim a amiga
Que se despediu sorrindo
"Não pise em quem está descendo
Pois pode encontrar com ele
Quando ele, estiver subindo!

Preocupe-se com a descida
E deixe sempre aberta [portas]
Porque o perigo maior na vida
Pode estar entre essas voltas!

Respeite as diferenças

Ser politicamente correto, é ser no mínimo educado.
Ser político, é falar e não ouvir.
Entre reclamado e reclamante só existe uma semelhança:
Os dois querem ganho de causa!

E entre o cidadão comum e o político, existe aquela diferença que todo mundo sabe e conhece:

O que não mente, fala demais.
E o que mente, desconversa!

Nós sabemos o que seria do cidadão comum sem o político.
E o político, sabe o que seria da categoria sem o cidadão comum?

Então, respeite!
Os tombos servem para nos ensinar a levantar.
A insistência me ensinou a andar de bicicleta.
A teimosia, a cair dela.
E a arrogância, de dizer:

"Eu posso,eu consigo, eu realizo".

Depois que aprendi, nunca mais caí de uma, mas caio [ingênua], em outras armadilhas da vida.
Porém, me levanto e sigo, com ou sem rodas. Ferida ou não.
cada gesto meu tem um significado.
cada significado, tem um gesto meu.

cada entendimento dá margem a dúvidas...cada dúvida minha, a certeza de que penso, questiono e concluo: Oba...sou humana!

Saber esperar?

Saber esperar é não ficar toda hora olhando o número da senha que tem na mão.
Saber esperar é esquecer que tem relógio.
Saber esperar é fazer pré- natal.

Saber esperar é não pedir "chocolates" pro Papai Noel.

saber esperar é não lixar as unhas, enquanto não te chamam para a entrevista. E nem, roê- las.

saber esperar é não ficar rodeando os computadores na lan house. Não bater o pé ao lado do usuário.

saber esperar é não dizer ao amigo: "Hoje tem festa surpresa na sua casa...feliz aniversário"!

saber esperar é não ficar fazendo barulho enquanto alguém usa o orelhão, como se fosse o telefone de sua casa.

saber esperar meu amigo, é ter paciência.

E haja saco pra esse bando de folgados e lerdos atendentes.
Haja saco para as pilhas de processos jurídicos.
Haja saco para os "Direitos humanos" e essa lei que protege marmanjos "di menó", que além de te roubar e matar alguém indefeso, nunca vão presos ou não permanecem tempo suficiente em lugares de onde não deveriam sair antes dos 100 anos.

E, haja paciência para os "mardito gerúndios" , que acho até que você já pode estar adivinhando agora.

E, haja paciência para a internet lenta.

Enfim, saber esperar... É coisa que eu preciso aprender. Porque tem coisas, que não dá para a gente engolir, nem esperar, nem entender, nem aceitar de jeito nenhum.

Tem dias em que se eu contar até 10, quando chegar no 9, eu já matei 11, aff!!!
Equivocar-se é a capacidade de admitir que a máquina humana pode falhar.

Admitir um equívoco é a capacidade de não negar a "humanidade" de cada um.

Minha boca não é lagoa!

Ao passo que me vem um passo, retrocedo.
Ao passo que me vem o medo, passo.

Toda vez que me vem "segredo", me descubro.
Sempre que me descubro, me acho...
Porém, em veredas nubladas, permaneço.

Ao passo que me chegam "sapos", indefeza, trago.
E na maioria deles, tusso,não posso engolir. Lógo, os engasgo.
Toda vez que engasgo, aos sapos todos cuspo, repilo em escarros.
Mas tem sempre "aquele" que se engole á frio, que o comemos, fartos!

Aprendi a ter na língua solta uma faca amolada.
Não admito que meu universo seja um brejo, um nada.

Por mais que eu perca vomitando sapos, já não volto atrás.
Perco, o que me negue a vida...
O tom, a cor, a guarida.
Mas, sapos?
Nem que eu caia morta, que o mundo tranque a porta,não engulo mais!

A cesar o que é de Cesar...

Quando dizemos coisas que não queríamos dizer, pensamos alto demais e o "homem" ouviu e interpretou a seu modo. Dificilmente ele entendeu, mas sem dúvida, interpretou.
Cada um a seu modo, entende, ou subentende.

Um "talvez", pelo otimista, é possibilidade ou adiamento.
Para o pessimista, é não e, ponto.

O ser humano, ingrato por natureza, nem sempre aceita um não. melhor dizendo: Raramente o aceita. Se você fez mil favores e um dia, por alguma razão disse: "Não". Automaticamente, se esquece os outros 999 que você já fez.

Alguns, não sabem usar o [não] como resposta, a não ser quando fez a pergunta.
Cansei de despencar do penhasco, já na beiradinha dele e ouvindo:
-Dá pra você chegar mais pra lá um pouco?
Cansei de ser subentendida e interpretada, por dizer:
-Não posso, se for mais para lá, vou cair daqui.
Restaram-me aqueles que subentendiam um: "Talvez depois", como adiamento. E os que giravam nos calcanhares e saiam, entendo o talvez como um "não" definitivo. Seja: O mundo é feito de pessimistas e otimistas e não existe um meio termo. Basta separar o trigo.
Me resta pensar e concluir finalmente, que devemos ajudar a quem mereça, não a quem precise. Pois todos precisam e poucos merecem. Assim, subentendo, interpreto e admito que saber a diferença entre um e outro, é [entender] perfeitamente o recado.

As aparências...

Nem tudo que brilha é ouro, dizia meu pai.
Tarde talvez, reconheça que havia ali, naquele velho "gaitista", uma sabedoria extraordinária, embora jamais tenha duvidado de sua sapiência, visto que hoje, o declaro [sábio]. Porém, as aparências muitas vezes nos enganam. Existe uma diferença nem tão sutil entre ser pacificadora e comandante de guerra.
Algumas vezes, bati. Com palavras, com rudes comentários, quando deveria simplesmente, ter-me feito de [muda].
Em outras, onde calei, descobri depois que deveria ter matado, no sentido menos amplo da palavra. E aí, perdi grandes batalhas, porque achei por bem, não revidar.
Mas do jeito que as aparências enganam, acerquei-me de uma convicção errônea e de algum modo, fui feliz...Pois não soube viver a guerra na "paz" e pude viver a paz de uma "guerra", equivocada pelas aparências, onde via eu, possibilidade ainda que [errônea] e mentirosa, de que aquele momento era pacífico, ou que, da suposta guerra, fazia-se visível algum exagero.
Nem tudo que reluz é ouro, é verdade. Mas também, nem tudo que é opaco, não é precioso.
Avalie, questione, tire a limpo, leve a um "ourives", mas não se deixe enganar tão facilmente por elas: As aparências.

cada erro meu

Cada tombo que tomo é um erro meu que cai.
Eu me levanto...O erro, fica.

Mas fica marcado. Por vezes os cometo, por infinitas vezes os derrubo e os deixo no chão para em algum momento, desavisada, cometê-los de novo. E os ergo acima de mim, passiva de erros que sou.

A cada tombo que tomo, foi um erro que repeti.
Em alguns, nunca mais tropeço. De outros, não consigo sair.

A cada erro meu, vejo tombos que caí.
A cada erro que tombo, um aprendizado me sorri.

Em cada erro, cresço. Ainda que siga errando.
Em cada tombo, fortaleço. Mesmo que eu siga apanhando.

Quem é melhor?

Há quem se ache melhor, diferente...Exclusivo.
Não se engane: Nada somos.
Recebemos um corpo "emprestado", só para não ficarmos invisíveis na terra, já que isso não é possível fisicamente. Mas com o tempo, esse se desgasta. Se não morrer cedo, morrerá velho, obviamente.
Então, saiba que: A pele fica sensível a ponto de soltar do corpo e sangrar, dependendo da "indelicadeza" com que é tocada. Os ossos ficam fracos, o cheiro muda, os cabelos caem, os dentes caem...A vaidade por si só, despenca.

Ninguém é melhor, nem tão diferente.

Se você come comida e caga merda, é igual aos demais.
Se fizer o contrário, aí sim, tiro o meu chapéu para você. No mais, teremos o mesmo fim, constataremos a "única" certeza absoluta da vida, seja: A morte.
Envelhecer só não é fato quando a morte chega cedo, ou quando nem chegamos a nascer, o que não deve ter graça nenhuma. Eu não sei ao certo, pois nasci e estou envelhecendo. Mas acredito que "Não nascer" é insignificância total.
Se pudesse escolher, nasceria e envelheceria de novo. Porém, cuidaria melhor do meu corpo, pois é possível envelhecer saudável.

Envelheço. Lógo, significo.
Não sou melhor, nem pior. Lógo, sou humana.
Tenho 44, mas acreditem: Mais de 200 vividos!

Qualquer coisa

"Qualquer coisa que me valha, vale uma tentativa qualquer".

De que cor?

Dizem que o silêncio é negro
Suspeitam do amor, vermelho.
Saudade creio eu, é rosa.
De que cor é a dor ao espelho?

Dizem que medo é "covardia"
Como a de amar em segredo
[Se] expor, nem sempre é sabedoria
Quantos erros se contam nos dedos?

Se te calas, é traiçoeira.
Se comenta, é fofoqueira.
Se do meio termo te apossas, es crua...
Quê pensar de fases alheias?

Dê a cor que quiser ao amor.
Dê ao medo uma chance de passar.
Aos demais, dê qualquer sabor.
Dê-se a chance de errar!

depilação forçada [humor]

Jamile...[nome bonito], né? - Morava numa cidadezinha distante, crescera no mato, entre flores e bichos...o chão rachava na época da seca. Andava léguas afim de conseguir um pouco d´agua no açude. Adorava cantarolar as cantigas de "lavadeira" na beira do rio..."Ensabooooaaaaa...ensabooooaaa"...Era de uma inocência admirável. Vez ou outra, ouvia falar de "menstruação, fertilidade" e coisa e tal, mas da teoria, o que sabia, era só o que ouvia dizer...Na prática, ainda não conhecia nem uma coisa e, muito menos, outra.Aos 11 anos, veio para a cidade grande...Afemaria, quanto prédio...misericórdia!- Num cai não?-Não. Dizia a tia Zefa. É mais fácil nóis caí, do que esses edifício.-É fácil, ou é difício?_Ah...esquece, Jamile. Depois eu ti ixprico.Chegou na casa da Andradina, viu um quadro desses dos Alpes, com montanhas cheias de neve.-Que lugar bonito, tia. O que é aquilo branco em cima dos morro?-Ah...é gelo, minha filha._É?...E presta pá chupá?-Presta não, menina. É só o lugar que é muito gelado e cria gelo por riba dos morro.Um dia, ela menstruou. Foi um desespero. Tia Andradina correu comprar absorventes para a menina.-Pronto, fia...usa isso.-E como usa?-Oxe...tu arranca a fitinha colante e bota lá o negócio na coisinha. Depois, é só jogar fora.-Ah...num carece de lavar não, né?-Carece não, fia. É discartave. -Modernidade, heim tia?Daqui a pouco, volta Jamile chorando...-O que diabos foi que sucedeu?-Ô, tia...esse negócio é facim de butá, mas na hora de tirá...arranca tudo os penteio da gente...e dói é muito, viu...Eu já quase num tinha, fiquei só com uns cinco, mais o meno.-Ô, menina...só tu mermo, né? -Botaste do lado que cola, foi?Valei-me, minha nossa sinhora! Têm que butá o lado colante pra baixo, né?-Por que a sinhora num avisô antes?-E cumá era que eu ia sabê, que tu palita os dente antes de cumê?Heim??? Indagou a depilada

Fanatismo [Raimundo fagner]

Algumas canções dizem muito. A esta, retribuo "poema legítimo", cujo autor teve na ponta dos dedos, da língua, dos olhos e da alma, a mais sublime poesia cantada, que aqui também pode ser lida, compreendida, sentida e respeitada.


"...Minh´alma de sonhar- te anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver
Não es sequer a razão do meu viver
Pois que tu es já toda minha vida...

Não vejo nada assim, enlouquecida
Passo no mundo, meu amor a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida

No mundo tudo é frágil, tudo passa
Quando me dizem isso, toda a graça
De uma boca divina fala em mim
Olhos postos em ti, digo de "rastros"

Podem voar mundos, morrer astros
Que tu es como um deus, princípio e fim...

Podem voar mundos, morrer astros, que tu es como um deus, princípio e fim"!


...E, tenho dito!

Oi, fessô!... Oi, fessora!

Aos [ mestres] com muito carinho.

Obrigada professor por tentar me informar
pelos polinômios exatos... As igualdades [sem par].

Tanta história acumulada
Conhecimento padrão
pensei que ficaria louca...
Com tanta "Revolução"!

"Prova que você existe"!
Me diz a filosofia...
Que loucura pura, a dela.
Que "insanidade, a minha!

Cidadania é coisa boa...
Quando funciona ao pé da letra
Mas aqui é o "Brasil"...
Guenta, que lá vem "mutreta"!

...E o tal de V...zinho, V...zão
Geneticamente confuso?
Já nem sei quem é meu irmão...
E se meu pai era um intruso!

Mas a física é elétrica.
Me faz meio conformista...
Se não aprendo aritmética
Vou virar eletricista?

Em meio a essa confusão
Já nem sei o que é "botânica"
Mas se a química não é loucura
É insanidade orgânica!

Mas se tem coisa na vida
Que se aprende sim sinhô...
É respeitar as diferença
E respeitá o professô!

Padre Antão...o melhor colégio do mundo!

Foi lá que eu fiquei besta assim...rsrsr...[brincadeirinha gente]...rsrsr...
É só uma singela homenagem. Se é válida eu num sei não, mas que é, é!

Homenagem ao Sr: Callone

Era uma tarde de verão qualquer, dessas que a gente anda a esmo,pensa ao acaso e vive a mesmice.Ainda havia sol, apesar do adiantado da hora. Mais de [seis] da noite...horário de verão.
Não me lembro o que fui fazer, já que não tinha o que fazer.Paranóia de ficar de saco cheio das paredes de casa.- Vou sair...e fui.
Me sentei na muretinha da igreja velha, olhando o nada e a pensar coisa alguma que se aproveite. Só queria passar o tempo, ver gente e ficar só, porém, fora de casa.Juro por Deus: Eu queria ficar só e quieta num canto. Então pensei:
Ninguém vem nesse lugar. Aqui nunca tem viva alma. Ou entram na igreja, ou saem dela.
Estava lá, a olhar um pombo brigando com outros dois por comida. Restos de cachorro quente, migalhas esparramadas.De repente, me chega um senhor de meia idade, me dá um [meio sorriso], que retribuo a altura, tipo cantinho de boca e senta-se bem ao meu lado.
-Puta que pariu! Tanto espaço na mureta e le vem sentar bem aqui? Pensei eu,me sentindo incomodada por ter "quase" uma companhia.
Começou com uma história sobre um pombo que el salvou quando era menino. Depois, piadas e histórias de vida.Rimos muito, trocamos telefone e coisa e tal...Cheguei em casa quase [onze] da noite. Ficamos amigos, foi um dos melhores papos da minha vida e fui madrinha de casamento da filha dele. Ele ainda é o melhor papo, a melhor companhia e um grande amigo.

Ás vezes, a vontade de ficar só nos presenteia lindamente.

Rosas...


Rosas...elas têm beleza. Prefiro-as no solo, com raízes...Vivas!
Em vasos, ou jarros d´agua
A bela flor já é morta.
Vem já com dias contados
Murcha, seca, não suporta...
Não mais terá seus botões
Morrerão com ela, sementes
Sem sequência, nem razões...
Mas o "romântico" nem sente!
Assim são os amores que se confundem.
Assim são as certezas do que é belo.
Vida e morte, em amor, se fundem...
A raíz de um, com outro, é um paralelo!
Não me deem rosas...falem-me de sua beleza, apenas.

Curinga


Penso, caminho...paro.

Ignoro, percorro...reparo.

Busco, me canso..desisto!

Acaso, desígnio...Conquisto!


Enforco a possibilidade

Espremo o sumo da chance

Quase nunca a vontade

Com o que está á meu alcance!


De tudo, seguro sempre algum nada.

Do nada, agarro sempre algum que vinga

Se o que tenho na manga, não é molho de macarronada ...

Aposto teu [as] no meu curinga!

Sorria...



Algumas lágrimas são doces, quando provocadas por emoções sublimes.

Pesadas são as de dor, daquelas que doem tanto, que incham em volta dos olhos...Transfornmam a face. Porque chegam com força e não querem parar. Porque o sal delas todas a correr rosto abaixo, danifica a pele, provoca inchaço.

Mas, lágrimas são lágrimas. Pior, são as que engolimos...As que não nos permitimos sair da fonte. O nó na garganta também dói. E as que choramos em silêncio, por vergonha ou medo de que nos julguem fracos...E [quem] é deveras forte na hora do choro?

-Qual o choro que não chora na hora da dor, ainda que silenciosamente, por vergonha ou não?

-Qual lágrima não corre, mesmo sendo dos olhos para dentro? Ou de "riso" afora?

Já vi risos que choravam, disfarçados...Querendo impor uma fortaleza, que só os egoístas não percebiam, preocupados demais em que fossem agradados, bem recebidos. Porque também a dor dos "outros", incomoda á quem veio rir. Assim como nos sentimos incomodados de chegar sorrindo, onde alguém está chorando.

Eu coloco a "bóia" dissimulada, que seja, para emergir do lago do pranto, se alguém me chegar sorrindo.


Ao entrar aqui, sorria!


Sua alma está sendo filmada!

Amanhecer

Quero amanhecer pensando, enquanto penso que amanheço.
Quero amanhecer respirando, enquanto respiro o medo.
O medo do amanhã, que acreditamos que chega, mas não sabemos ao certo.
O medo do certo, que parece chegar sempre na hora errada. E até o medo do do erro, que absurdamente chega ás vezes, na hora exata. E o medo do exato, que quase sempre, é impreciso.

Tudo se complica. Tudo, complicamos nós.
Quero enfim, apenas amanhecer.
O pão amanhecido, também nos mata a fome.
A fome amanhecida, apenas nos mata o pão.

Quero apenas, amanhecer. Pois amanhã, não importa se o pão vai ser de ontem. Afinal, eu também não sou de hoje. Importa o pão...O resto não!

O que vale mesmo, é o amanhacer. Ter o que conquistar, ter o porque do sim e o [por quê] do não.

Saudade também têm gosto.

Vejo lá no passado, num tempo quase encantado, se é que não era "puro encanto", um amor puro, quase santo...Daqueles que devotamos.
As pernas vacilavam, as mãos suavam,éca! - Moscas no estômago?
A boca ficava seca...Passava a língua para umedecer os lábios. Esquecia as frases ensaiadas...Na mente, um texto, eu...[personagem] de mim, tentando decorar conversas inteligentes de um filme onde eu era a Sofia e a
Loren, separadas...Pode isso? -Era a Demmie e era a Moore...e te amava além da vida, te queria de ambos os lados...o terno e o eterno!
Ouvir sua voz, me fazia tremer...Eu ficava burra, ou muda...Afinal, onde teriam ido as palavras que ensaiei? -Por que elas não me chegavam?
Bastava um mergulhinho de nada na melancolia do teu olhar e pronto. Lá estava eu, entregue...Perdida, muda e deliciosamente "vazia". E você...ah, você. Umedecia minha boca, alagava a alma. O universo parava pra ver. O planeta não respirava, tão mudo e burro como eu. Entregue, vacilante...com as mãos suando, matando o personagem de mim, que tanto queria te dizer...
-Para quê falar?
Hoje, eu te senti lá no passado, num tempo todo encantado e sinto queimar no lábios, os beijos... [ladrões de palavras]. Cheguei a sentir teu cheiro, o toque das suas mãos e vi, na melancolia do teu olhar, a mesma busca e um brilho que emudecia, enquanto as pernas vacilavam...Voltei a ser [por um instante], vazia. Deliciosamente vazia. Saudade, também têm gosto.

Rosana lazzar 23 de janeiro de 2009