Ao passo que me vem um passo, retrocedo.
Ao passo que me vem o medo, passo.
Toda vez que me vem "segredo", me descubro.
Sempre que me descubro, me acho...
Porém, em veredas nubladas, permaneço.
Ao passo que me chegam "sapos", indefeza, trago.
E na maioria deles, tusso,não posso engolir. Lógo, os engasgo.
Toda vez que engasgo, aos sapos todos cuspo, repilo em escarros.
Mas tem sempre "aquele" que se engole á frio, que o comemos, fartos!
Aprendi a ter na língua solta uma faca amolada.
Não admito que meu universo seja um brejo, um nada.
Por mais que eu perca vomitando sapos, já não volto atrás.
Perco, o que me negue a vida...
O tom, a cor, a guarida.
Mas, sapos?
Nem que eu caia morta, que o mundo tranque a porta,não engulo mais!
Todas as coisas escritas que foram pensadas, sentidas,esquecidas, relembradas, vividas...
A cesar o que é de Cesar...
Quando dizemos coisas que não queríamos dizer, pensamos alto demais e o "homem" ouviu e interpretou a seu modo. Dificilmente ele entendeu, mas sem dúvida, interpretou.
Cada um a seu modo, entende, ou subentende.
Um "talvez", pelo otimista, é possibilidade ou adiamento.
Para o pessimista, é não e, ponto.
O ser humano, ingrato por natureza, nem sempre aceita um não. melhor dizendo: Raramente o aceita. Se você fez mil favores e um dia, por alguma razão disse: "Não". Automaticamente, se esquece os outros 999 que você já fez.
Alguns, não sabem usar o [não] como resposta, a não ser quando fez a pergunta.
Cansei de despencar do penhasco, já na beiradinha dele e ouvindo:
-Dá pra você chegar mais pra lá um pouco?
Cansei de ser subentendida e interpretada, por dizer:
-Não posso, se for mais para lá, vou cair daqui.
Restaram-me aqueles que subentendiam um: "Talvez depois", como adiamento. E os que giravam nos calcanhares e saiam, entendo o talvez como um "não" definitivo. Seja: O mundo é feito de pessimistas e otimistas e não existe um meio termo. Basta separar o trigo.
Me resta pensar e concluir finalmente, que devemos ajudar a quem mereça, não a quem precise. Pois todos precisam e poucos merecem. Assim, subentendo, interpreto e admito que saber a diferença entre um e outro, é [entender] perfeitamente o recado.
Cada um a seu modo, entende, ou subentende.
Um "talvez", pelo otimista, é possibilidade ou adiamento.
Para o pessimista, é não e, ponto.
O ser humano, ingrato por natureza, nem sempre aceita um não. melhor dizendo: Raramente o aceita. Se você fez mil favores e um dia, por alguma razão disse: "Não". Automaticamente, se esquece os outros 999 que você já fez.
Alguns, não sabem usar o [não] como resposta, a não ser quando fez a pergunta.
Cansei de despencar do penhasco, já na beiradinha dele e ouvindo:
-Dá pra você chegar mais pra lá um pouco?
Cansei de ser subentendida e interpretada, por dizer:
-Não posso, se for mais para lá, vou cair daqui.
Restaram-me aqueles que subentendiam um: "Talvez depois", como adiamento. E os que giravam nos calcanhares e saiam, entendo o talvez como um "não" definitivo. Seja: O mundo é feito de pessimistas e otimistas e não existe um meio termo. Basta separar o trigo.
Me resta pensar e concluir finalmente, que devemos ajudar a quem mereça, não a quem precise. Pois todos precisam e poucos merecem. Assim, subentendo, interpreto e admito que saber a diferença entre um e outro, é [entender] perfeitamente o recado.
As aparências...
Nem tudo que brilha é ouro, dizia meu pai.
Tarde talvez, reconheça que havia ali, naquele velho "gaitista", uma sabedoria extraordinária, embora jamais tenha duvidado de sua sapiência, visto que hoje, o declaro [sábio]. Porém, as aparências muitas vezes nos enganam. Existe uma diferença nem tão sutil entre ser pacificadora e comandante de guerra.
Algumas vezes, bati. Com palavras, com rudes comentários, quando deveria simplesmente, ter-me feito de [muda].
Em outras, onde calei, descobri depois que deveria ter matado, no sentido menos amplo da palavra. E aí, perdi grandes batalhas, porque achei por bem, não revidar.
Mas do jeito que as aparências enganam, acerquei-me de uma convicção errônea e de algum modo, fui feliz...Pois não soube viver a guerra na "paz" e pude viver a paz de uma "guerra", equivocada pelas aparências, onde via eu, possibilidade ainda que [errônea] e mentirosa, de que aquele momento era pacífico, ou que, da suposta guerra, fazia-se visível algum exagero.
Nem tudo que reluz é ouro, é verdade. Mas também, nem tudo que é opaco, não é precioso.
Avalie, questione, tire a limpo, leve a um "ourives", mas não se deixe enganar tão facilmente por elas: As aparências.
Tarde talvez, reconheça que havia ali, naquele velho "gaitista", uma sabedoria extraordinária, embora jamais tenha duvidado de sua sapiência, visto que hoje, o declaro [sábio]. Porém, as aparências muitas vezes nos enganam. Existe uma diferença nem tão sutil entre ser pacificadora e comandante de guerra.
Algumas vezes, bati. Com palavras, com rudes comentários, quando deveria simplesmente, ter-me feito de [muda].
Em outras, onde calei, descobri depois que deveria ter matado, no sentido menos amplo da palavra. E aí, perdi grandes batalhas, porque achei por bem, não revidar.
Mas do jeito que as aparências enganam, acerquei-me de uma convicção errônea e de algum modo, fui feliz...Pois não soube viver a guerra na "paz" e pude viver a paz de uma "guerra", equivocada pelas aparências, onde via eu, possibilidade ainda que [errônea] e mentirosa, de que aquele momento era pacífico, ou que, da suposta guerra, fazia-se visível algum exagero.
Nem tudo que reluz é ouro, é verdade. Mas também, nem tudo que é opaco, não é precioso.
Avalie, questione, tire a limpo, leve a um "ourives", mas não se deixe enganar tão facilmente por elas: As aparências.
cada erro meu
Cada tombo que tomo é um erro meu que cai.
Eu me levanto...O erro, fica.
Mas fica marcado. Por vezes os cometo, por infinitas vezes os derrubo e os deixo no chão para em algum momento, desavisada, cometê-los de novo. E os ergo acima de mim, passiva de erros que sou.
A cada tombo que tomo, foi um erro que repeti.
Em alguns, nunca mais tropeço. De outros, não consigo sair.
A cada erro meu, vejo tombos que caí.
A cada erro que tombo, um aprendizado me sorri.
Em cada erro, cresço. Ainda que siga errando.
Em cada tombo, fortaleço. Mesmo que eu siga apanhando.
Eu me levanto...O erro, fica.
Mas fica marcado. Por vezes os cometo, por infinitas vezes os derrubo e os deixo no chão para em algum momento, desavisada, cometê-los de novo. E os ergo acima de mim, passiva de erros que sou.
A cada tombo que tomo, foi um erro que repeti.
Em alguns, nunca mais tropeço. De outros, não consigo sair.
A cada erro meu, vejo tombos que caí.
A cada erro que tombo, um aprendizado me sorri.
Em cada erro, cresço. Ainda que siga errando.
Em cada tombo, fortaleço. Mesmo que eu siga apanhando.
Quem é melhor?
Há quem se ache melhor, diferente...Exclusivo.
Não se engane: Nada somos.
Recebemos um corpo "emprestado", só para não ficarmos invisíveis na terra, já que isso não é possível fisicamente. Mas com o tempo, esse se desgasta. Se não morrer cedo, morrerá velho, obviamente.
Então, saiba que: A pele fica sensível a ponto de soltar do corpo e sangrar, dependendo da "indelicadeza" com que é tocada. Os ossos ficam fracos, o cheiro muda, os cabelos caem, os dentes caem...A vaidade por si só, despenca.
Ninguém é melhor, nem tão diferente.
Se você come comida e caga merda, é igual aos demais.
Se fizer o contrário, aí sim, tiro o meu chapéu para você. No mais, teremos o mesmo fim, constataremos a "única" certeza absoluta da vida, seja: A morte.
Envelhecer só não é fato quando a morte chega cedo, ou quando nem chegamos a nascer, o que não deve ter graça nenhuma. Eu não sei ao certo, pois nasci e estou envelhecendo. Mas acredito que "Não nascer" é insignificância total.
Se pudesse escolher, nasceria e envelheceria de novo. Porém, cuidaria melhor do meu corpo, pois é possível envelhecer saudável.
Envelheço. Lógo, significo.
Não sou melhor, nem pior. Lógo, sou humana.
Tenho 44, mas acreditem: Mais de 200 vividos!
Não se engane: Nada somos.
Recebemos um corpo "emprestado", só para não ficarmos invisíveis na terra, já que isso não é possível fisicamente. Mas com o tempo, esse se desgasta. Se não morrer cedo, morrerá velho, obviamente.
Então, saiba que: A pele fica sensível a ponto de soltar do corpo e sangrar, dependendo da "indelicadeza" com que é tocada. Os ossos ficam fracos, o cheiro muda, os cabelos caem, os dentes caem...A vaidade por si só, despenca.
Ninguém é melhor, nem tão diferente.
Se você come comida e caga merda, é igual aos demais.
Se fizer o contrário, aí sim, tiro o meu chapéu para você. No mais, teremos o mesmo fim, constataremos a "única" certeza absoluta da vida, seja: A morte.
Envelhecer só não é fato quando a morte chega cedo, ou quando nem chegamos a nascer, o que não deve ter graça nenhuma. Eu não sei ao certo, pois nasci e estou envelhecendo. Mas acredito que "Não nascer" é insignificância total.
Se pudesse escolher, nasceria e envelheceria de novo. Porém, cuidaria melhor do meu corpo, pois é possível envelhecer saudável.
Envelheço. Lógo, significo.
Não sou melhor, nem pior. Lógo, sou humana.
Tenho 44, mas acreditem: Mais de 200 vividos!
De que cor?
Dizem que o silêncio é negro
Suspeitam do amor, vermelho.
Saudade creio eu, é rosa.
De que cor é a dor ao espelho?
Dizem que medo é "covardia"
Como a de amar em segredo
[Se] expor, nem sempre é sabedoria
Quantos erros se contam nos dedos?
Se te calas, é traiçoeira.
Se comenta, é fofoqueira.
Se do meio termo te apossas, es crua...
Quê pensar de fases alheias?
Dê a cor que quiser ao amor.
Dê ao medo uma chance de passar.
Aos demais, dê qualquer sabor.
Dê-se a chance de errar!
Suspeitam do amor, vermelho.
Saudade creio eu, é rosa.
De que cor é a dor ao espelho?
Dizem que medo é "covardia"
Como a de amar em segredo
[Se] expor, nem sempre é sabedoria
Quantos erros se contam nos dedos?
Se te calas, é traiçoeira.
Se comenta, é fofoqueira.
Se do meio termo te apossas, es crua...
Quê pensar de fases alheias?
Dê a cor que quiser ao amor.
Dê ao medo uma chance de passar.
Aos demais, dê qualquer sabor.
Dê-se a chance de errar!
depilação forçada [humor]
Jamile...[nome bonito], né? - Morava numa cidadezinha distante, crescera no mato, entre flores e bichos...o chão rachava na época da seca. Andava léguas afim de conseguir um pouco d´agua no açude. Adorava cantarolar as cantigas de "lavadeira" na beira do rio..."Ensabooooaaaaa...ensabooooaaa"...Era de uma inocência admirável. Vez ou outra, ouvia falar de "menstruação, fertilidade" e coisa e tal, mas da teoria, o que sabia, era só o que ouvia dizer...Na prática, ainda não conhecia nem uma coisa e, muito menos, outra.Aos 11 anos, veio para a cidade grande...Afemaria, quanto prédio...misericórdia!- Num cai não?-Não. Dizia a tia Zefa. É mais fácil nóis caí, do que esses edifício.-É fácil, ou é difício?_Ah...esquece, Jamile. Depois eu ti ixprico.Chegou na casa da Andradina, viu um quadro desses dos Alpes, com montanhas cheias de neve.-Que lugar bonito, tia. O que é aquilo branco em cima dos morro?-Ah...é gelo, minha filha._É?...E presta pá chupá?-Presta não, menina. É só o lugar que é muito gelado e cria gelo por riba dos morro.Um dia, ela menstruou. Foi um desespero. Tia Andradina correu comprar absorventes para a menina.-Pronto, fia...usa isso.-E como usa?-Oxe...tu arranca a fitinha colante e bota lá o negócio na coisinha. Depois, é só jogar fora.-Ah...num carece de lavar não, né?-Carece não, fia. É discartave. -Modernidade, heim tia?Daqui a pouco, volta Jamile chorando...-O que diabos foi que sucedeu?-Ô, tia...esse negócio é facim de butá, mas na hora de tirá...arranca tudo os penteio da gente...e dói é muito, viu...Eu já quase num tinha, fiquei só com uns cinco, mais o meno.-Ô, menina...só tu mermo, né? -Botaste do lado que cola, foi?Valei-me, minha nossa sinhora! Têm que butá o lado colante pra baixo, né?-Por que a sinhora num avisô antes?-E cumá era que eu ia sabê, que tu palita os dente antes de cumê?Heim??? Indagou a depilada
Fanatismo [Raimundo fagner]
Algumas canções dizem muito. A esta, retribuo "poema legítimo", cujo autor teve na ponta dos dedos, da língua, dos olhos e da alma, a mais sublime poesia cantada, que aqui também pode ser lida, compreendida, sentida e respeitada.
"...Minh´alma de sonhar- te anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver
Não es sequer a razão do meu viver
Pois que tu es já toda minha vida...
Não vejo nada assim, enlouquecida
Passo no mundo, meu amor a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida
No mundo tudo é frágil, tudo passa
Quando me dizem isso, toda a graça
De uma boca divina fala em mim
Olhos postos em ti, digo de "rastros"
Podem voar mundos, morrer astros
Que tu es como um deus, princípio e fim...
Podem voar mundos, morrer astros, que tu es como um deus, princípio e fim"!
...E, tenho dito!
"...Minh´alma de sonhar- te anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver
Não es sequer a razão do meu viver
Pois que tu es já toda minha vida...
Não vejo nada assim, enlouquecida
Passo no mundo, meu amor a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida
No mundo tudo é frágil, tudo passa
Quando me dizem isso, toda a graça
De uma boca divina fala em mim
Olhos postos em ti, digo de "rastros"
Podem voar mundos, morrer astros
Que tu es como um deus, princípio e fim...
Podem voar mundos, morrer astros, que tu es como um deus, princípio e fim"!
...E, tenho dito!
Assinar:
Postagens (Atom)