vejo no tempo, tempo.
Ouço no medo, medo.
Mas tenho do nada o tudo
Fonte do meu alimento!
Pedaços de mágoa, dor.
vestígios de lágrima, sabor.
Restos de infância, vida.
No "envelhecer", louvor!
A cada tropeço, degrau.
A cada recomeço, gana.
Todo desespero é banal...
Toda blasfêmea, é insana!
Acostuma-te á escuridão e poderás andar sem tropeços.
Tateie as paredes do "não"...Acenda a luz do recomeço.
Entregue-se ao desânimo e veja como o chão se abre...
Erga-se da impotência e veja o quanto te cabe!
Domine a não "querência"
E estabeleça as metas
O resto é pura consequência
da força que sempre nos resta!
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