Havia...

... Havia mais que um mistério em seu olhar, mais que uma inquietante melancolia...
Havia mais que beijo em sua boca, mais que riso em sua alegria.
Havia mais que um homem dentro dele e por fora, muito mais do que eu queria.
Havia mais que um "adeus", antes do fim e muito mais, que eu não entendia.

Havia mais que uma mulher em mim,
Mais do que supunha ou permitia.
Havia mais que um tempo e há um passado...
Relembrando sempre, tudo e tudo o que havia.

Havia algo em mim que eu não sabia
Havia mais que sonho, o tempo, a linha...
Havia o "não pensar" em outro dia
Que não fosse o tempo em que de tudo em nós, ardia!

Havia, houve, existia!
Havia, meu amor...Juro que havia!

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Penso...

Somos tão passíveis de erros, que os cometemos até nos acertos,

De Moraes a Vinícius

..Uniu-se poesia e música, o verso cantou melodias, os acordes declamaram amor e dor. Mesclou a caneta com o piano, torturou de dor as frases, as camas... Os acordes menores como sussurros, surgiram doloridos, ultracontidos... Os maiores como gritos d´alma, os dissonantes como complemento dos sentidos. De todos os sentidos do poeta.

...E cantou o versos que fez na mais plena agonia do amante, traçando em métrica sua reta.

E declamou as melodias tidas, extraídas dos sentidos frágeis da parte mais feminina do poeta!

Porque quando o poeta grita sua dor, há dentro dele uma fêmea, cutucando-o com uma seta!
- No mais, e por tudo mais, Vínicius, que era Moraes, viveu e morreu poeta!

Quando da dor teve opção e jorrou seus vícios, deitou Moraes e acordou Vinícius. Quando do amor matou seus "ais", chorou vinícius e amou Moraes!
...E era tanto silêncio, que calamos o antigo amor.
E foi tanta distância, que gritamos a dor com ardor.

E ficamos assim: Eu com e [sem] você, você perto e [longe] de mim.
E ficamos assim, a perpetuar os medos exaltando todos os silêncios, juntos, ausentes.
Solidão de "dois", assim, não muito de repente.

Um olho no peixe, outro no gato.

"Não confio em qualquer possibilidade, semantes desconfiar de todas".
O que aparentemente é fácil, pode ser mais árduo do que imaginamos.

Está aí a nossa seleção, que não nos desmente.

2014...Desconfie!

-Confie, desconfiando!

Por causa de você


Na falta do Brasil para torcer na final, mesmo reconhecendo o valor esportivo da Holanda e mesmo sabendo "como" a Espanha trata os brasileiros que a visitam, optei sem muito interesse em torcer pela Espanha na final, sabendo que nosso amado "Alejandro sanz" estaria feliz com o resultado.
Este é o único espanhol capaz de conquistar a simpatia, pelo menos dos românticos amantes da música latina. Está aí, uma maneira de unir ou de ao menos "reconhecer" talento e retribuir carinho. Este sim, merece títulos. Este sim, é ser e é humano.
-Parabéns à contra gosto, admito, pelo título de campeão mundial de futebol em 2010!
-Parabéns Alejandro, por sua simpatia e pelo idioma universal: A música!

Mentes

Somente aparentemente, tem mente que nunca mente.
Tem mente inteligente, tem mente, que até pressente.
Tem mente que tem tudo em mente.
Tem mente que nada sente.

Tem mente que acredita em gente.
E tem mente, totalmente descrente.
Mentes frias, cucas quentes!

Possuo uma mente, somente
Que nem sempre é inteligente
Tem mente que é mente, somente.

E eu possuo uma mente...
Pura e, simplesmente.
Que, quando divida em duas, sente
Que uma parte das duas, mente.
Dissimuladamente...

E, mente, quando confusa, se perde e engana a gente.
Pensa uma coisa, faz outra...
Desconversa, se desmente!
Tem mente que às vezes, é inconseqüente.
Fique surdo e mudo... Faça diferente!
Sem poder deixar de pensar no passado, demorei para aprender: É possível viajar e até ir morar lá no passado, porém, essa viagem tem que ter volta. Viver [dele] um pouco, não faz tanto mal, mas viver nele, definitivamente, não dá! Alienada, caí de mim e lá fiquei. Desconfiada, caí em mim e cá estou. "Passado", foi um prazer rever-te, mas preciso ir, com licença!

Divagando...E, admitindo.

Eu, que mato a esperança sem perceber o homicídio.
Eu, que a salvo ainda em tempo do beiral do precipício.
Eu, cujo tombo nunca é o último.
Eu, que vivo a me lamentar erros parecidos, ou idênticos, como se assistisse a filme repetido...
Eu, que sempre insisto, acredito e duvido...
Mais apanho, do que aprendo.
Mais me submeto, do que recuso.

Aprendo o muito, mas nunca, o tudo!

Ora vivo, ora sobrevivo, ora inexisto!
De meu amor da juventude, o que mais me prende são os muros que me separam do espaço de tempo percorrido. Aos muros do tempo não escalo e nem tento, apenas os lamento, em razão de uma saudade insone. Dorme o sabor, descansa uma data, repousa o amor, mas a saudade, nunca!

Não ouço a canção do amor tocar

Que importa o borbulho de pessoas, o barulho delas, se todos estão surdos?

Poucos ouvem o som de um amor especial.

Sou uma delas, ensurdecida para este.

Que importam as pessoas e o barulho?

Não é a canção que eu queria estar ouvindo agora.
Caminho surda, misturada à multidão que ama, desama e espera.

Caminho. Apenas, caminho.